sexta-feira, 27 de março de 2009

Eternos Momentos

Aqui estou
Neste local onde me deixaste
Onde todos os dias te espero
Consciente de que não voltas
Insisto na espera
Para não apagar o momento
Que despertou o sentido
E levou a razão

Ficarás enquanto a ausência
Te tornar presente
Ficarás na memória do olhar
E no toque da mão
Que me acaricia o coração
Ficarás enquanto viver a emoção

domingo, 15 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Santiago do Cacém



Para o(a) assíduo(a) e desconhecido(a) visitante de Santo André, obrigada pelo interesse em seguir este modesto espaço onde timidamente vou desnudando alguns dos meus mais íntimos medos, conflitos, frustrações, contradições, fracassos... também o que ainda me faz feliz que, mesmo parecendo pouco, é o mais importante. Sem estas "pequenas" dádivas não conseguiria sobreviver.

Não sei se nos conhecemos, se temos algo em comum... sei que, se não é natural pelo menos vive num local que me é grato onde tenho algumas raízes e vagas memórias de infância, de quando Santo André ainda não era Vila, muito menos Nova. De quando no lugar das habitações havia pinhais. De quando A Vila de Santiago, minha terra natal, era isso mesmo uma pequena e acolhedora vila, local de passagem para turistas e veraneantes que se deslocavam para o Algarve. Teimosamente recuso-me chamar-lhe cidade. Ainda me soam nos ouvidos as vozes dos meus avós, que vestiam as suas melhores roupas quando precisavam deslocar-se, quer para ir ao médico ou fazer algumas compras que não encontravam na aldeia onde viviam, dizerem: - Vamos à vila. Como era importante ir à vila. Lembro-me como ficava entusiasmada por acompanhá-los, principalmente a minha avó que, sempre me mimava com um pequeno extra, nem que fosse um cacho de bananas envolto numa folha de jornal e vendidas à dúzia, porque o orçamento era escasso e, embora a palavra crise não fizesse parte do seu vocabulário eram eles, que trabalhavam a terra donde tiravam o sustento, quem mais a sentia. E eu sentia-me, talvez como a minha neta, hoje, quando a levo ao centro comercial ou a uma loja chinesa. E apesar da crise há sempre um mimo. Não será um cacho de bananas que deixou de ser um luxo nem tão pouco virá embrulhado numa folha de jornal que foi substituída pelo plástico.

Se o passado é vago, mais o vai sendo o presente. Quando aí me desloco mal reconheço a minha vila. É o preço do desenvolvimento, ou talvez não. Quem sou eu para dizê-lo que ando pouco a par do que por aí se vai fazendo e acredito que será muito.

Ficam as saudades!






Gabriel García Marquez



Citações:


Tudo o que acontece, sucede por alguma razão...

Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.

O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão.

A sabedoria é algo que quando nos bate à porta já não nos serve para nada.

Todo mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada.

Não se é de parte nenhuma enquanto não se tem um morto debaixo da terra.

Quem sabe Deus queira que conheças muita gente enganada antes que conheças a pessoa adequada para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido.

Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.

Te amo não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo.

A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderá ter.

Só porque alguém não te ama como tu desejas, não significa que não te ame com todo o seu ser.

O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.

Um verdadeiro amigo é quem te pega a mão e te toca o coração.

Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te faz chorar.

Sempre haverá gente que te machuque. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.

domingo, 8 de março de 2009

Ser Mulher!

Retalhos guardados no fundo da gaveta da memória (1998)

Mulher
De sentimentos inteira
Menina
Sedenta de vida
Criança perdida
Mulher sofrida
Na busca do tempo
Atrás deixado
Mulher mãe
Terra arada
De sonhos semeada
Ventre tamanho
De esperança incontida
Ao dar ao Mundo
Mais uma Vida!


domingo, 1 de março de 2009

Mais um dia

Outro dia sem luz, mais um, apenas.
Impera o vazio
Reina o tédio
Um dia sem começo
Uma noite sem fim
Procuro o sonho que foge
Nem as palavras me abraçam
Sinto o desconforto da solidão
Mas imploro-lhe que não me abandone

Sinto que nada sinto

...