quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Trinta e dois anos

18 de Dezembro de 1976. Um momento para recordar ou esquecer?

Impossível esquecer um momento, mesmo sem final feliz, pois os frutos mantêm-se sãos apesar da raíz que lhes deu vida ter apodrecido.

Casaram e viveram felizes para sempre. Assim terminam as histórias da Catarina que ainda não entende que nem todos os príncipes e princesas têm uma fada madrinha com uma varinha mágica. Ao contrário do seu imaginário, os príncipes transformam-se, frequentemente, em sapos e as princesas em gatas borralheiras.

Há trinta e dois anos também havia quem acreditasse em finais felizes e quis viver um conto de fadas...

Não aconteceu, mas este retalho estará para sempre ligado aos restantes que formam esta enorme manta que continua a crescer com retalhos mais ou menos coloridos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cinco anos

Ontem, passaram cinco anos, mãe. Não fui visitar-te. Não te levei flores, mas estiveste presente no meu pensamento.

Restam as memórias que o tempo jamais apagará. Duras memórias!

Resta a vida que quiseste reconquistar, mas a felicidade que procuravas é hoje dor e desespero dos que deixaste sós. Não sou eu quem mais sente a tua ausência. Já me tinhas habituado a ela, mas a eles não podias ter abandonado. Não sei que fazer para minimizar a tua falta. Não posso substituir-te. Foi difícil para ti que os escolheste, imagina como me sinto. Eu não tenho escolha. Espero um sinal teu. Não me abandones novamente.


As flores que não te levei.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008