quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Trinta e dois anos

18 de Dezembro de 1976. Um momento para recordar ou esquecer?

Impossível esquecer um momento, mesmo sem final feliz, pois os frutos mantêm-se sãos apesar da raíz que lhes deu vida ter apodrecido.

Casaram e viveram felizes para sempre. Assim terminam as histórias da Catarina que ainda não entende que nem todos os príncipes e princesas têm uma fada madrinha com uma varinha mágica. Ao contrário do seu imaginário, os príncipes transformam-se, frequentemente, em sapos e as princesas em gatas borralheiras.

Há trinta e dois anos também havia quem acreditasse em finais felizes e quis viver um conto de fadas...

Não aconteceu, mas este retalho estará para sempre ligado aos restantes que formam esta enorme manta que continua a crescer com retalhos mais ou menos coloridos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cinco anos

Ontem, passaram cinco anos, mãe. Não fui visitar-te. Não te levei flores, mas estiveste presente no meu pensamento.

Restam as memórias que o tempo jamais apagará. Duras memórias!

Resta a vida que quiseste reconquistar, mas a felicidade que procuravas é hoje dor e desespero dos que deixaste sós. Não sou eu quem mais sente a tua ausência. Já me tinhas habituado a ela, mas a eles não podias ter abandonado. Não sei que fazer para minimizar a tua falta. Não posso substituir-te. Foi difícil para ti que os escolheste, imagina como me sinto. Eu não tenho escolha. Espero um sinal teu. Não me abandones novamente.


As flores que não te levei.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Novembro... com poucos momentos relevantes

Novembro. Mês tão Cheio de Nada ou de... tão pouco!

Para além de uma efeméride, o dia 26 de há 28 anos atrás, um dia inesquecível, pouco mais recordo que valha a pena referir.


sábado, 18 de outubro de 2008

Em Todos os Momentos


A minha família.
A minha maior riqueza.
A maior dádiva.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Momentos de indignação

Quem me dera ter apenas bons momentos para partilhar.
Nem sei descrever o meu estado de espírito.
Revolta, indignação, sem dúvida. Mas a tristeza prevalece sobre todos os outros sentimentos.
Deus? Quero aceditar na Sua existência, mas depois dos acontecimentos de ontem...
Nunca, em toda a minha vida, tinha sido tão humilhada! Só consigo ter pena de quem comigo assim procedeu.
Nada mais peço para mim, além de paz, para prosseguir a minha caminhada neste mundo.
Para os seres que não sei denominar, que são tudo menos humanos, que uma luzinha se acenda no seu caminho e guie os seus passos na direcção da tolerância e do respeito pelos seus semelhantes.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Momentos de Amizade

Não sei quem espero
Nem o que espero
Mas permanece a esperança
Que o sonho liberte os pássaros
Que esqueceram
Que têm asas para voar

Procuro
Espero
Mas não desespero

Hoje sem esperar
Encontrei um tesouro

Um menino muito especial
O Gaspar
E a sua família
Que me deram uma enorme alegria

Aceitaram a minha amizade
Sem nada saberem de mim
Sem nunca me terem visto

Obrigada ao Gaspar
Ao Gustavo e aos seus pais
Por me ajudarem a tentar ser
A cada dia
Uma pessoa um pouco melhor

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Jardim Zoológico - Momentos de euforia

Para final de férias nada melhor que proporcionar-te um dia diferente.




A tua primeira visita ao Zoo.





Bem vindos ao mundo encantado dos animais...



Ai que susto!!!






Até a Mimosa se rendeu ao teu encanto.



Como não há bela sem senão, as lágrimas também estiveram presentes.

"Pois foi coelhinho, porque achei que não merecias estar preso, entalei o meu dedinho quando te abri a porta. Chorei em vão. Estes adultos estragam sempre tudo. Voltaram a fechá-la."



Toma macaquinho, não tenhas vergonha, aceita!

Papa este que eu dou-te mais.



O Areias é um camelo... Com dedicatória.



O sapo Sarapicolé... ai não, enganeiiii-me.

É uma tartaruga, mas não cabe no aquário do "Pedro".



E tu quem és? Pareces uma foca, mas eles dizem que és um leão marinho.



E tu, tigre, também queres um amendoim?




Oh não, não me deixes assim
Triste só e abandonaaaado
Gelaaaaaaaado!






Hei, que andam vocês a fazer aí em cima?

sábado, 16 de agosto de 2008

Fluviário de Mora

15 de Agosto



Uma viagem ao longo do curso de um rio.









Diferentes tipos de habitats e os seres vivos que neles vivem.







Algumas espécies que também vivem em ambientes de água doce, embora noutros locais do mundo.


Estrelinha



Tenho de confessar que estou em falta. Não contigo que te trago sempre presente, mas com a Estrelinha mensageira.
Por vezes chego perto da janela e procuro-a, fico a olhá-la em silêncio e penso se estarás também a observá-la.
Vejo-a cintilar e é o brilho dos teus olhinhos que contemplo. Não emite qualquer som, mas é a tua voz que me chega através da suave brisa da noite.
Apenas, em pensamento, lhe peço que te beije por mim. Que te diga o tamanho da minha saudade e o quanto anseio ter-te nos meus braços e sentir a tua ternura.

Nina

Companheira de alguns momentos, em tempo de férias.




Na cesta da fruta!

Sines

Férias... Sol... Praia...


Costa do Norte

A tranquilidade de acordar e ter, como cenário, o mar a perder-se no horizonte...





Por terras de Vasco da Gama







Do Castelo até à Fonte de Santa Luzia, cuja água milagrosa, cura doenças dos olhos!



Mito, realidade?

As imagens são reais, milagre... talvez. Com uma mãozinha de alguns Homens e todas as mãos da Natureza.





Praia Vasco da Gama

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Retalhos de Alguns Momentos de Férias

Três meses de férias grandes!!!





Os mais gratos momentos.

A casa dos avós maternos, em Santo André.










Ericeira Agosto de 1966, antes da viagem de comboio até Oliveirinha, em que os solavancos embalavam o sono até que os primeiros raios de Sol surgissem no horizonte. Depois... sensações que apenas a memória, longínqua, guarda como um bem muito precioso.





Do comboio para o táxi do Sr. Américo até Cabanas de Viriato começava uma nova aventura. Entrava num outro mundo. Era o tão desejado mês de Setembro. Mês de cores, sons, paladares e odores quase divinos.



Algures no Mondego...




Póvoa da Apegada ou... Pégada?

Amoras Silvestres. O prazer de colhê-las e transformá-las num delicioso doce.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Os Momentos mais... mais...










Miguel

O primeiro elo da cadeia das pessoas mais importantes da minha vida. Filho muito desejado e amado. Pai extremoso. Vive na lua, muitas vezes, o que lhe causa alguns dissabores. Conheço-o melhor do que julga, temos algumas semelhanças. O Ricardo que não fique triste, mas o nosso SLB é mesmo o MAIOR!
Como é, um "pouco," distraído e reservado, tende a alhear-se do que se passa ao seu redor. A sua sensibilidade transporta-o para outro planeta, onde tem frequentes encontros, com o seu amigo "O Principezinho". Fá-lo por necessidade. Isto leva-o a adiar, até esquecer, algumas obrigações. A única obrigação que não descuida nem adia é a sua filhota linda, a princesinha Catarina.
O que é, deve-o a si próprio, à sua inteligência... não o menosprezem! Orgulho-me de ser sua mãe!









Ricardo

Sportinguista convicto, ninguém é perfeito! Muito tolerante e com um enorme coração, onde tem espaço para todos os que ama e por quem é amado, por muitos que sejam. Teimoso, muito brincalhão, mas responsável, só poderá negá-lo quem não o conhece. Em relação ao amor, só vale o tudo ou nada! Aqui não há meios termos. É genético!
Partilha o 1º lugar do pódium, no meu coração, com o mano ou, maninho e a "nossa princesinha", como carinhosamente se refere aos dois. Tem todo o meu amor, sem qualquer restrição.

sábado, 9 de agosto de 2008

Momentos da Estrelinha - Um ano atrás




15-8-2007
As mensagens da Estrelinha


Abri a janela e pedi à estrelinha mais cintilante, que levasse um suave beijinho e o colocasse, com muito cuidado, no rostinho da minha netinha adorada, que já deve estar a fazer o seu ó-ó. Se ainda não chegou, não tarda. Abram a janela e deixem a estrelinha entrar.

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Bom dia meu amorzinho. Ainda estás a dormir, é muito cedo. Como não consigo adormecer e não posso fazer barulho, para não incomodar, resolvi escrever esta mensagem. Quando acordei, foste a primeira pessoa em quem pensei. Esta mensagem destina-se mais ao papá do que a ti, mas dirijo-a a ti, meu amor.
Tive um sonho um pouco estranho, onde tu entravas, mas outras pessoas habitavam o meu sonho. Alguém, que te teria amado muito, se te tivesse conhecido. A bisavó Maria José, mãe do avô Armando. Os teus pais também lá estavam, mas o papá, como sucede com o tio Ricardo, sempre que sonho com eles, vejo-o ainda criança. É uma mistura de passado e presente onde tu e o pai têm quase a mesma idade. Por vezes, ao longo do dia, vou lembrando pormenores do sonho e procuro entender, em vão, o motivo que me leva a sonhar tão frequentemente com situações onde o passado e o presente se encontram. Felizmente, hoje, acordei com a noção de ter sido somente um sonho. Beijinhos.

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Olá meu tesouro, a avó enviou de novo aquela estrelinha especial, só nossa, para te dar o meu beijinho de boa noite e junto do teu anjinho da guarda zelar pelo teu soninho. Ela vai sussurrar no teu ouvidinho, para que nunca o esqueças, o quanto a avó te ama.
Até amanhã meu amor.

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Bom dia amorzinho. Todas as noites a avó Zé te envia pela estrelinha, aquela estrelinha especial que é só nossa, muitos miminhos e beijinhos, durante o teu soninho ou enquanto adormeces, para encher a tua noite de sonhos mágicos e lindos que te permitirão despertar com muita alegria e, preencher os teus dias, com muito amor e felicidade.
Ontem à noite a avó começou a escrever a mensagem, mas não conseguiu terminá-la devido ao cansaço.
Sempre que olhares o Céu, procura a nossa estrelinha, mesmo de dia. Ela vai lá estar, mas a dormir e por isso não a vês. Ela leva sempre um beijinho e uma palavra de carinho para te dar.
Penso que está tudo bem contigo, caso contrário o papá já teria dito.
Beijinhos amor. Dá beijinhos a todos os que estão contigo.
Até logo.

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Olá meu amorzinho, está tudo bem contigo? Aproveita bem estes dias de liberdade, "fora da gaiola", para brincar, correr, saltar... renovar a energia que, graças a Deus, não te falta e ajuda a crescer saudável e feliz.
Não esqueças de pedir muita aguinha. Lembra também para protegerem o teu corpinho com um bom protector solar e usa sempre um chapéu ou boné, com uma pala protectora para os teus olhinhos.
A avó tem muitas saudades tuas. À medida que cresces, a minha necessidade de ti, aumenta. Preciso da tua contagiante alegria de viver. Contigo e por ti reaprendo o significado das palavras VIDA e AMOR. "Somos responsáveis pela nossa rosa."
Um beijo do tamanho do meu Amor. Beijinhos aos papás e a todos os que estão contigo. Bom fim de semana.

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Estrelinha vai
Estrelinha vem...
Estrelinha vai
Estrelinha vem...
Leva contigo milhões de beijinhos
Põe-nos no rostinho do Meu Bem.

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Olá Catarina, minha ternura. Ontem fui à janela e vi a nossa estrelinha. Pedi-lhe notícias tuas. Fiquei triste, ela não sabia o que dizer. Já estavas a dormir e, estavam todos demasiado ocupados, para lhe prestarem atenção.
Sabes como é ficar triste? É como quando o papá ou a mamã te deixam na escolinha, não queres que vão embora e ficas a chorar.
A tristeza vai sempre embora porque a alegria é mais forte e vence sempre. É um jogo, para ver quem ganha, como o Benfica e o Porto.
Beijinhos meu amor e "Viva a Alegria".

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02/09/2007
Bom dia, meu tesouro! Dormiste muito, certamente, deves ainda estar a fazê-lo. Hoje completas o teu 26º mês de vida e que vida, quanta energia!
Ontem, vimos juntas a nossa estrelinha. No meu colo apontaste a estrelinha que disseste ser a tua, a que te dá beijinhos. Trocámos, pessoalmente, os nossos beijinhos e miminhos, mas não dispensámos a estrelinha. Foi cúmplice da nossa troca de amor, deixámo-la presenciar a tua ternura, a nossa ternura. Foi pura magia, um momento único. Mais um para o meu "livro" de memórias.
Hoje será também o último dia de férias. Amanhã regressas à tua escolinha, cheia de novidades para contar aos teus amiguinhos. Não sejas trafulhinha, conta uma coisa de cada vez, para te entenderem. Ouve também o que eles têm para te contar. Depois quero saber tudinho!


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20/10/07
A nossa estrelinha tem-me segredado que está com ciúmes do teu brilho. Tem razão para senti-los. Os meus olhos e, mais ainda, o meu coração vêem-te crescer cheia de saúde, linda e inteligente que até me esqueço que és tão pequenina. É bom observar a tua evolução, mas cresce devagarinho meu amor. Deixa-nos aproveitar bem estes momentos únicos da tua e das nossas vidas. Não deixes que te apressemos, saboreia tu também a felicidade de ser Criança. Quando desse mundo saires não voltarás mais, guardarás memórias que só podem ser de Amor porque é o que te devemos em troca de tudo o que nos dás. Obrigada minha querida.


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27/12/07
Ouvi-te tossir, fui espreitar e fiquei a contemplar a tranquilidade do teu sono de menina pura e cheia de ternura. És um anjo. Sinto paz quando te olho, assim adormecida, a recuperar forças para um novo dia de diabruras que já adivinho. O teu rostinho é lindo, a perfeição da tua fisionomia é mais visível na quietude do teu soninho. És um autêntico poema de amor. Um dos maiores e mais sublimes da minha vida, és a minha própria vida porque eu existo em ti.
Sou a pessoa mais feliz que habita este planeta, não duvido. Tenho a maior das riquezas que um ser humano pode possuir. Reclamo da vida e, no entanto, tenho tudo o que necessito.
Enquanto dormes vou espreitar à janela e procuro aquela estrelinha que tantas vezes transportou as nossas mensagens e agradeço-lhe a presença. Não nos abandonou, está vigilante, sabe que é imprescindível e será o elo que nos ligará para além desta viagem.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um Retalho de Outro Momento

Tento encontrar explicação
Para o que nos aconteceu
Não creio no destino
Mas o que foi então?
Não te procurei
Simplesmente te encontrei
E qualquer coisa sucedeu
Que me levou a razão
Assim, sem lógica...
Nem explicação!
Simplesmente aconteceu

Quis fugir e estava presa
Quis dizer não
E disse sim.
Agi, sem prever
O que iria suceder
Perdi toda a razão
Nada mais me importou...

Continuo sem entender
O que nos aconteceu
Mas se pudesse voltar atrás
Diria de novo sim
Mesmo querendo dizer não.


terça-feira, 29 de julho de 2008

1939/2008 O teu aniversário



Perdoo-te por tudo o que nos afastou e pelo que impediste que nos aproximasse.
Perdoa-me esta forma de te tratar. Este desrespeito de te tratar por tu.
Sabe mãe, você... perdoa de novo.
Você? Não se fala assim com a mãe! Ficavas tão ofendida. Nunca entendi. Nunca te entendi.
Você nunca me entendeu. Desculpe mãe. A mãe nunca me entendeu.
Estou a falar com uma estranha.
Nunca me entendeste e agora que não me ouves vou acabar com a deferência que me exigias, para te sentir mais perto de mim.Vou falar-te assim porque como tu, também sou mãe e sou avó.
Esqueci a Mulher para ser Mãe. Deveria ter sido as duas ao mesmo tempo, mas falhei.
Esqueceste a Mãe por necessidade de seres Mulher. Perdoa-me outra vez, falhaste também.
Se tivesses sido Mulher eu tinha perdoado, mas foste apenas mulher e preteriste a Mãe, mais tarde a Avó. Como nos fizeste falta. Ainda fazes!
E o que perdeste? Sim, não sei quem perdeu mais. Não deste... não recebeste!
Era difícil olhar dentro de ti. O teu olhar, na defensiva, não o permitia. Que escondias? O que não querias tu mesma ver em ti?
Quiseste iludir os demais porque essa ilusão te alimentava a vontade de teres sido o que não conseguiste.
Assististe à minha morte e ajudaste-me a matar-te. Quando tentaste socorrer-me era demasiado tarde. Não te dei tempo.
Ainda caminho sobre a terra que me deu vida. Tu, mãe, já te confundiste com essa terra que ainda trilho descalça, para te tocar como nunca deixaste.
Os sentimentos conturbam-se. Agora que te matei, preciso de ti para te amar, quero ensinar-te a conhecer-me, para juntas entendermos o vazio do amor que nos fugiu.
Agora que já tens tempo pensa em nós e ajuda-me a não te perder para sempre.
Vem ao meu encontro, não me peças que te procure. Vem mãe, que te espero. Ensina-me o Amor.
Aceita este presente que nunca foste capaz de desembrulhar e um beijo na tua face gelada, sem cor nem forma.
Hoje estou ao teu lado, não me abandones.
Feliz dia, Mãe!

domingo, 20 de julho de 2008

Os Momentos da Estrelinha

Férias, finalmente!
Ainda faltam dois dias, mas já sinto o seu agradável odor.
Sobretudo o mar. Onde afogo o cansaço. Onde invento o recomeço e busco força para nova caminhada.

Volto um pouco atrás, um momento de cada vez.
Como disseste há dias, Catarina, a propósito de alguém com quem simpatizaste, vai ser, bué da fixe, bué da fera, bué da cool... seja lá o que isso for, se o dizes eu acredito. Fico parada a olhar-te surpreendida. Espera rapariga, como também, por vezes, me chamas, só tens três anos! Que pressa tens de crescer!

Volto, de novo, um pouco atrás. Estou cansada. Talvez nunca tenha sentido tamanho cansaço e, estas férias que se aproximam, prometem dias de descanso. É nisso que penso.

Lá estás de novo a chamar-me e eu não resisto. Ainda cá estou e já tenho tantas saudades!
Mas tenho de ir, vou ter de te deixar...

Lembrei-me da estrelinha, lembras-te... a nossa estrelinha?
Esquecemo-nos dela. Estará ainda disposta a ser a mensageira dos beijinhos que a distância não vai deixar dar no teu rostinho?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Alguns Momentos de... Fernando Pessoa




“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...


Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."


terça-feira, 15 de julho de 2008

Momentos de ilusão




Abri a porta da minha vida
Entraste e eu deixei
Estendi no chão um tapete
De rosas e sonhos
Espalhei no ar
O perfume da esperança e do amor

Caminhámos descalços
Nas nuvens que dançavam
Sobre a areia húmida da praia
Cantei e dancei para ti
Ao som do vaivém das ondas
Dum mar sereno e revolto
Como os nossos sentimentos.

Passeámos de mãos dadas
Pelos campos floridos
Da ternura que desprendíamos
Tomámos banho de chuva e orvalho
E secámo-nos numa fogueira
De felicidade incontida
Que se espalhou pelas fontes e riachos
Para que todos dela bebessem

Distribuímos pelas crianças
Os sorrisos e beijos
Que nos nossos lábios dançavam.

Vivi em cada dia contigo
Uma vida inteira
E adormeci a teu lado
Envolta em paz e tranquilidade

Sonhei que tinhas partido
Despertei só
Tinhas saído...
Saíste e eu deixei!


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Momentos de Ternura


3 anos de magia. O mais puro dos amores.

sábado, 28 de junho de 2008

Sonhos


Jamais abdicarei de sonhar. É no sonho que me identifico com o Eu que insisto ser.
É no poder de construir os meus sonhos que encontro a minha existência e renuncio à sua extinção.
Embora a morte seja, por vezes, sonho sedutor protelarei a sua chegada. Aguardarei serenamente, contemplando do alto deste castelo de ideais que ainda não realizei, a sua lenta progressão sem temê-la.
Magníficos serão meus sonhos, mesmo de sóbria dimensão, porque não é a sua amplitude que os dignifica. Serão grandiosos porque o sublime não tem padrão. E serão consequência do meu consciente porque não necessito entorpecer os sentidos para abrigá-los.

Momentos de Busca


Maria José, que continuas a procurar? Sabes que não existe!
Olha-te no espelho e não te iludas. Que podem querer de ti?
Não procures a resposta que sabes te vai magoar.
Agarra o que tens e, Vive, por pouco que te pareça.
Não ambiciones o que não está ao teu alcance.
Seca essa lágrima teimosa e sorri.
Ri de ti. Ri dos que de ti riem.
Ri, simplesmente, não procures motivos para fazê-lo.
Duvida sem desconfiares... acredita sem ingenuidade.
Sê tolerante, mas não toleres a intolerância.
Abomina o preconceito e dignifica a tua Vida, vivendo apenas.
Vive... foi para isso que nasceste!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Momentos Virtuais (hi5)

Que faço aqui neste estranho mundo de sentimentos que não vivo, de sorrisos que não vejo, de vozes que não ouço?
Quem me chama de amiga sem ver o meu olhar, sem sentir a força do meu abraço?
Aqui, sou o que quero mostrar, sou um poço de virtudes. Os defeitos deixo-os no mundo real, onde descarrego a raiva e as frustrações.
Aos que me vêem sem esta máscara eu não chamo de amigos. Olho-os sem ouvir as frases bonitas que aqui me são deixadas, porque no mundo real não há tempo para dizê-las, menos ainda, senti-las.
Aqui, onde o Sol não entra e a Lua não brilha, vivo ofuscada por luzes enganosas que me desviam os sentidos e ludibriam os sonhos.
Aqui, fantasio a beleza que não tenho e finjo acreditar que o mundo é perfeito. Sinto-me protegida, inatacável.
Neste mundo só entra quem deixo entrar. Não sofro a dor da rejeição.
Engano meu. Também existe sofrimento virtual, já o senti, continuo a senti-lo, sempre que passo esta porta e não me esperam as palavras que pretendia ler, as frases que queria “ouvir”.
Tudo porque acreditei.
Quase todos, os que por aqui andam, têm sentimentos reais e, certamente, sentem e pensam do mesmo modo.
Nesta fábrica de amigos, rabisco o que ninguém lê e não leio tudo o que me é enviado, porque os “amigos” são cada vez mais numerosos e não há tempo para lhes dedicar. Para os amigos o tempo que lhes emprestamos é precioso. É preciso dizer: “Tenho todo o tempo do mundo”. Não posso atraiçoá-los nem deixar que me enganem. Assim, não vou mentir-lhes, não vou dizer-lhes que podem contar comigo incondicionalmente porque não estarei a dizer-lhes a verdade. Mesmo virtualmente preciso manter-me fiel aos meus princípios.
Afinal a quem chamo de amigo?
A ti, que não vês as lágrimas que rolam no meu rosto quando a tristeza invade o meu coração, que não ouves o meu riso quando, alegremente, agradeço mais um dia que decorreu sem conflitos nem a raiva das minhas palavras quando me sinto injuriada?
A ti que, simplesmente, não sei quem és nem onde estás poderei confiar um espacinho do meu coração e chamar-te de amigo? Será o meu coração tão espaçoso que possa acolher-vos a todos?
A ti, que não... que sim... que talvez!
Que controverso e estranho mundo este. Mundo que elegi, pelo qual optei. Um mundo paralelo àquele que me foi imposto e decretado que terei de viver com regras das quais discordo, regras ditadas por uma elite que não sai à rua onde a vida acontece. Preceitos que não tem de cumprir porque não os fez para si. Princípios com leituras diversas, que cerceiam a liberdade de uns e a devolvem a outros porque a própria liberdade não é natural, é controlada, se assim não fosse não necessitaria de ser reclamada.
Dois mundos que se conturbam e nos confundem.
Não posso ceder ao encantamento de viver neste mundo de fantasia. A vida é uma só e não pode ser aprisionada em mundos fictícios.
Não quero insistir em encontrar-me com “amigos” que não vejo e que não sinto. Se amigos tiver, terão de caminhar a meu lado, chorar as minhas lágrimas, rir as minhas gargalhadas. Onde estão? Olho e a meu lado só caminha a minha sombra, mas insisto na busca porque aqui os sentimentos, aparentemente virtuais, talvez sejam tão reais quanto os meus. Preciso continuar a acreditar!

Palavras... perdidas?

As palavras que te dei
Não sei onde as guardaste
Sei de onde sairam
Só para ti
Que sem dizeres
Me pediste que escrevesse

Foram escritas com a pena de uma pomba
Branca e imaculada
Em páginas cor de luar
Sabor de mar e mel
Tons de azul do céu

Continham incensos vários
Rituais divinos
E a essência mais pura
Dos sentidos

Eram palavras de Amor...

Momentos... Perdidos


Lembras-te da chamada pedida ao destinatário, como sempre fazias e eu não conseguia recusar, naquele primeiro fim de semana de Maio? Querias falar comigo, como acontecia quase todos os fins de semana daquele teu último ano, e eu não fui, não sabia que era o derradeiro pedido que me fazias.
Não imaginas a angústia que, ainda hoje sinto, quando me lembro. Eram só duzentos quilómetros que nos separavam, agora é a distância do tempo que me falta para ir ao teu encontro.
Não calculas como é doloroso pensar em tudo o que ficou por dizer. A culpa de não ter chegado a tempo de te dizer adeus.
É tarde para lamentar, eu sei, mas hoje pensei nos momentos que continuo a perder, nas coisas que deixo por dizer e invade-me o medo de, novamente, deixar partir alguém sem me despedir.
A ti, meu irmão, já não posso dizê-lo, mas outros há ainda, a quem preciso dizer o quanto são importantes para mim.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Do baú... Momentos para mais tarde recordar?

Se recordar é viver
Porque sofro eu então
Ao lembrar cada momento
Que vivemos com paixão

Recordo com saudade
Teus gestos...
Teu carinho...
E sinto-me morrer
Quando cruzo o teu caminho

Vou deixar passar o tempo
Esperar... o esquecimento
E se mais tarde recordar
A tua voz...
O teu olhar...
Saberei então dizer
Se recordar é viver


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Momentos e Silêncios




Ali, onde sempre te esperei
No espaço entre o céu e o mar
Onde os meus sonhos habitam
Onde defini a cor dos teus olhos
São teus os passos que escuto
Na noite que o sono esqueceu
É tua a voz que murmura
Que o Sol já despertou e o dia me espera
Sem que me esperes

Chamei por ti, não ouviste
Guardo já as palavras que te dei
Sem saber que lhes fizeste
Resististe
Se venceste nunca saberei

Mais nada quero saber
Porque foi no silêncio que mais disseste
E em silêncio nada mais direi

...

ACA - CPJ

Mais um Retalho...
Outros momentos que a vergonha guardou.
22 de abril de 2007
Centro de Promoção Juvenil. Esse nome já me soava nos ouvidos quando deixei esta casa, ainda com o nome de Albergue das Crianças Abandonadas.
Quantas vezes bordei a ponto cruz as iniciais A.C.A.! Quantas lágrimas me rolaram no rosto pela vergonha que esse nome ainda me faz sentir!
Quantas vezes pensei voltar a subir aquela rua íngrime e passar aquela porta pesada e enorme, rever cada canto... a minha primeira sala de aulas, os quatro dormitórios, o "ginásio" enorme com a sua imensa clarabóia e o chão frio, onde me sentei no primeiro dia, um dia do mês de Outubro do ano de 1965, junto de um grupo de meninas a olhar uma televisão a preto e branco, em absoluto silêncio.
Ali, sentada naquele chão frio, deixei de ter nome, passei a ser mais um número, o 25. Quantas vezes bordei a ponto cruz A.C.A. 25, a minha nova identificação.
Tento lembrar sentimentos de revolta, medo, dor, angústia, ódio... não recordo nada, não posso recordar o que não senti. Nesse dia e nos dias que se seguiram, apenas o vazio e a falta de emoções tomaram conta de mim. Hoje, sinto a dor de não ter aprendido a viver!
Já não sou a 25, tenho um nome, mas ainda associo o 25 ao A.C.A. Está tatuado na minha memória.
16 de Novembro de 2007
Há alguns dias encontrei-me com o passado. Apareceu no meu caminho uma menina de caracóis louros que diz já não os ter, mas é a imagem que dela guardo. Muitas outras memórias encontrei quando falámos. Memórias que julguei perdidas. Pediu-me que não a esquecesse. Prometo que não te esquecerei, de ti não tenho vergonha, só me envergonho de ter deixado que me roubassem os momentos que não vivi.
31 de Maio de 2008
Não cumpri o meu objectivo. Não sei bem porquê. Devo ter sido eu a afastar-me, como quase sempre faço, quando um medo desconhecido me persegue. À menina dos caracóis louros, que diz já não os ter, fiz uma promessa. Perdi-a, mas garanto que não a esqueci. Onde quer que estejas penso em ti.
Perdoem-me as outras meninas, com caracóis ou sem eles, que vão passando naquela casa que ainda sinto um pouco minha. Não vos conheço, mas trago-vos no coração. Perdoem o meu desânimo.