domingo, 6 de dezembro de 2009

Momentos de mudança

Há momentos nas nossas vidas em que é necessário mudar.
Mudar de casa, mudar certos hábitos, mudar atitudes...
Mas há coisas que nunca mudam. O Amor mantém-se onde quer que estejamos. E o meu Amor por ti, apesar da distância, continua igual. Continuas a ser a minha princesinha. Tenho-te sempre presente. A saudade dói, mas de cada vez que nos abraçarmos, esse abraço será mais forte, mais quente para que, no tempo em que não estivermos juntas, continuemos a sentir a proximidade e a ternura que nos une.

Já pedi à nossa estrelinha que te acompanhe, te guie e acaricie sempre que eu não possa fazê-lo. Quero que olhes para o céu e a procures e sintas a sua protecção, a minha protecção.

Hoje o céu não está estrelado, mas a estrelinha que está escondida atrás de uma núvem continua vigilante e irá beijar o teu rostinho e aconchegar-te quando adormeceres.

Boa noite meu Amor.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Há dias assim!!!

Há dias assim...

Há dias de nascer
Há dias de viver
Há dias de morrer

Há dias de sorrir
... de chorar
... de rir

Dias de falar e de calar

Dias de chegar
Dias de partir
Outros, apenas, de ficar

Há dias...
Muitos dias
Poucos dias
Ou dias nenhuns

Há dias de tudo
E dias de nada

Há dias assim...

Outros que não são assim
Mas todos os dias
São dias

Assim!!!


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Férias

Agora que as férias estão a terminar quebro a longa ausência com umas fotografias de uma amiga que também esteve ausente.








Voltei a abraçar a minha princesa, de quem tive muitas saudades. A alegria que demonstrou quando nos abraçámos valeu por todas as riquezas do mundo. Não há dinheiro que pague tanto carinho e ternura.

Já começo a imaginar quando este amor duplicar. Aguardo com serenidade, mas já com muita emoção a chegada de outra princesa ou príncipe, a cegonha ainda não o revelou, para aumentar a felicidade de todos nós.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quatro anos

Fazes hoje quatro anos.
Progrediste tanto em tão pouco tempo!
Quase nos esquecemos que, apesar de não gostares que o digamos, ainda és a nossa bébé.
Quando pedes colinho com a tua vozinha irresistível apetece embalar-te e, deixar-te adormecer, nos braços que desejamos te protejam, por muito tempo, ainda.
Apetece pedir ao tempo que pare e te prolongue a inocência que há muito a vida nos levou.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Para Todas as Crianças. Grandes e Pequenas.

CRIANÇA

quero ser bobo palhaço
mágico fantoche arlequim
pintar a cara contigo
ser a história do momento
o jogo que não tem fim

quero ser a tua tela
em tons de leite e de mel
traço de artista precoce
o encanto de um esboço
a carvão ou a pincel

quero ser o teu sorriso
a birra não resolvida
o teu desenho animado
o conto breve da noite
o sonho longo da vida

quero ser o teu sossego
beijo doce do sol-pôr
presente de aniversário
a foto sobre o piano
a tua canção de amor


Que me perdoe o autor do poema, mas não resisti a transcrevê-lo tal como me foi enviado, há cerca de dois anos.
Não sei se já foi publicado, mas pela sua beleza não merece ficar encerrado num ficheiro inútil.

sábado, 16 de maio de 2009

Momentos Futuros

Reciclar. Palavra de ordem!

Sabia que...

A vida de um saco de plástico é...
1 segundo de fabrico
20 minutos de uso
400 anos de decomposição até abandonar a natureza?



Mas reciclar não é apenas separar. É necessário fazê-lo correctamente.

Sabem que, o cristal não deve ser colocado no vidrão, porque contém chumbo na sua composição?
Eu não sabia e, muito tenho ainda para aprender, para que a Catarina e todos os outros meninos possam crescer num planeta cada vez mais azul.




segunda-feira, 6 de abril de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

Sines. Ontem... Agora e Sempre

Vasco da Gama, olhar fixo no horizonte,

sobre a bela Baía de Sines






Caminhos de Ferro do Estado









Alameda da Paz






Primavera em Sines

sexta-feira, 27 de março de 2009

Eternos Momentos

Aqui estou
Neste local onde me deixaste
Onde todos os dias te espero
Consciente de que não voltas
Insisto na espera
Para não apagar o momento
Que despertou o sentido
E levou a razão

Ficarás enquanto a ausência
Te tornar presente
Ficarás na memória do olhar
E no toque da mão
Que me acaricia o coração
Ficarás enquanto viver a emoção

domingo, 15 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Santiago do Cacém



Para o(a) assíduo(a) e desconhecido(a) visitante de Santo André, obrigada pelo interesse em seguir este modesto espaço onde timidamente vou desnudando alguns dos meus mais íntimos medos, conflitos, frustrações, contradições, fracassos... também o que ainda me faz feliz que, mesmo parecendo pouco, é o mais importante. Sem estas "pequenas" dádivas não conseguiria sobreviver.

Não sei se nos conhecemos, se temos algo em comum... sei que, se não é natural pelo menos vive num local que me é grato onde tenho algumas raízes e vagas memórias de infância, de quando Santo André ainda não era Vila, muito menos Nova. De quando no lugar das habitações havia pinhais. De quando A Vila de Santiago, minha terra natal, era isso mesmo uma pequena e acolhedora vila, local de passagem para turistas e veraneantes que se deslocavam para o Algarve. Teimosamente recuso-me chamar-lhe cidade. Ainda me soam nos ouvidos as vozes dos meus avós, que vestiam as suas melhores roupas quando precisavam deslocar-se, quer para ir ao médico ou fazer algumas compras que não encontravam na aldeia onde viviam, dizerem: - Vamos à vila. Como era importante ir à vila. Lembro-me como ficava entusiasmada por acompanhá-los, principalmente a minha avó que, sempre me mimava com um pequeno extra, nem que fosse um cacho de bananas envolto numa folha de jornal e vendidas à dúzia, porque o orçamento era escasso e, embora a palavra crise não fizesse parte do seu vocabulário eram eles, que trabalhavam a terra donde tiravam o sustento, quem mais a sentia. E eu sentia-me, talvez como a minha neta, hoje, quando a levo ao centro comercial ou a uma loja chinesa. E apesar da crise há sempre um mimo. Não será um cacho de bananas que deixou de ser um luxo nem tão pouco virá embrulhado numa folha de jornal que foi substituída pelo plástico.

Se o passado é vago, mais o vai sendo o presente. Quando aí me desloco mal reconheço a minha vila. É o preço do desenvolvimento, ou talvez não. Quem sou eu para dizê-lo que ando pouco a par do que por aí se vai fazendo e acredito que será muito.

Ficam as saudades!






Gabriel García Marquez



Citações:


Tudo o que acontece, sucede por alguma razão...

Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.

O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão.

A sabedoria é algo que quando nos bate à porta já não nos serve para nada.

Todo mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada.

Não se é de parte nenhuma enquanto não se tem um morto debaixo da terra.

Quem sabe Deus queira que conheças muita gente enganada antes que conheças a pessoa adequada para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido.

Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.

Te amo não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo.

A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderá ter.

Só porque alguém não te ama como tu desejas, não significa que não te ame com todo o seu ser.

O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança.

Um verdadeiro amigo é quem te pega a mão e te toca o coração.

Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te faz chorar.

Sempre haverá gente que te machuque. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.

domingo, 8 de março de 2009

Ser Mulher!

Retalhos guardados no fundo da gaveta da memória (1998)

Mulher
De sentimentos inteira
Menina
Sedenta de vida
Criança perdida
Mulher sofrida
Na busca do tempo
Atrás deixado
Mulher mãe
Terra arada
De sonhos semeada
Ventre tamanho
De esperança incontida
Ao dar ao Mundo
Mais uma Vida!


domingo, 1 de março de 2009

Mais um dia

Outro dia sem luz, mais um, apenas.
Impera o vazio
Reina o tédio
Um dia sem começo
Uma noite sem fim
Procuro o sonho que foge
Nem as palavras me abraçam
Sinto o desconforto da solidão
Mas imploro-lhe que não me abandone

Sinto que nada sinto

...


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Olha que coisa mais linda




Mais cheia de graça...






Os teus tesouros


Estes tesouros, poucos conhecem o seu valor.
Têm o valor da tua inocência, um dos teus mais preciosos tesouros.




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Verdadeiro ou Falso?

"Haverá algo mais verdadeiro do que vencer a força com a razão?"

"Haverá algo mais verdadeiro do que cantar sem música?"


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Até Quando?

Como podes, depois de cinco anos de teres partido, continuar a fazer-me voltar ao baú onde encerro as mágoas que me causaste?
Lágrimas já não tenho, nem para te chorar porque a saudade não me atormenta. Só a revolta pelo mal que me fizeste e a eles também.
Inconscientemente, deste-lhes vida e esperança.
Não conseguiste cumprir a tua tarefa, falhaste com todos e foste quem mais perdeu. Eles perderam-te, eu nunca te tive e tu perdeste-nos a todos.
Por fim, deixaste-mos, como herança.

Espero que aquele a quem deixaste partir antes de ti te tenha já perdoado e se encontre junto de ti. Se assim for, acarinha-o, como nunca o fizeste antes da partida.

Estavamos a tentar reconciliar-nos quando, sem aviso, foste embora. Não nos demos tempo uma à outra e agora estás a dificultar-me a vontade de o fazer porque estou muito zangada contigo. Preciso de ti e continuas sem me dar resposta.
Estou a tentar ajudar os que deixaste desamparados, incluindo o teu "adorado" marido.
Hoje voltei a ser maltratada pelo homem por quem trocaste os teus filhos.
Antes de optares por ele, ainda eras a minha heroína, embora com algumas mossas. Depois, caíste do pedestal e deixou de fazer sentido olhar-te como referência.
Arruinaste a tua vida, a dos teus filhos e ainda trouxeste ao mundo outra vítima da tua insensatez.

Quero odiar-te, mas nem isso consigo.
Queria fazer as pazes contigo e, finalmente, ficar em paz comigo mesma, mas sempre que entro naquela casa te afasto mais dos meus afectos.
Se voltasses não correria para os teus braços. Havia de mandar-te de volta e gritar-te-ia toda a revolta e desespero em que me deixaste.
Não consigo amar-te nem odiar-te, és uma estranha com quem sonho muitas noites e ainda chamo mãe.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Momentos Sombrios

Ouço, ao longe, o chamamento vindo do abismo. Resisto durante algum tempo. A voz sinistra torna-se mais nítida. Recuso ouvi-la.
Vou suplicando, sem que me ouçam porque as palavras já não saem, o auxílio para me desviar daquele caminho.

Grito, mas ninguém me ouve. Só quando o silêncio cai em mim, quando o precipício me atrai… só aí, alguém me olha, sem querer ver e, me julga, pela minha fraqueza. É nesse momento que deixo de resistir ao apelo do abismo e, caminho na sua direcção, confiante que lá encontrarei a paz que se ausentou de mim. E a paz é lá que a encontro. É no túnel em forma de espiral, onde uma luz tão alva que me obriga a fechar os olhos, que me aninho e aquieto.
Já pensei tornar-me uma habitante permanente daquele local onde nada me agride e sufoca, mas forças estranhas devolveram-me ao tormento onde vou fingindo que vivo e tento encontrar, nas causas que julgo já não serem minhas, um refúgio para me esquecer de mim.
Ironicamente, um passarinho, pousou num dos ramos da árvore que ainda me alimenta e sustém. Agradeço-lhe por ter vindo colorir e iluminar os dias mais escuros que me separam da entrada definitiva na galeria da verdadeira paz.
Por ti e para ti peço, algum tempo mais, para poder continuar a ouvir o teu encantador chilrear.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Milagre da Vida

Há trinta e um anos o primeiro momento de verdadeira magia aconteceu em mim.

A vida aconteceu, sem truques nem ilusões.

Para ti, meu filho, todos os meus sentidos se apuraram. Os sentimentos mais sublimes afloraram à superfície do meu ser.

Foi um momento único.

Hoje, também, é um dia único. Passaram trinta e um anos, mas as emoções renovam-se e o milagre da vida sucede em cada sorriso, em cada gesto.

A nossa vida continua na vida que geraste, que carrega o peso de muitas vidas passadas. Espero, se for essa a sua vontade, que continue a passar o testemunho e comunge desta bênção divina.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Caixinha de Surpresas

Ao jantar a Catarina disse que queria fazer uma surpresa ao pai que estava a trabalhar.
- Um desenho, disse ela. Pomos debaixo da almofada dele.
Os olhinhos brilhavam de tão entusiasmada.
A mãe deu uma ajudinha e ela pintou.

Enquanto pintava, perguntou: - Está lindo avó?
- Sim meu amor!
- Avó, achas que o pai vai ficar feliz?
- Claro que sim, vai ficar muito feliz!
- E tu ficas contente por ele ficar feliz?
- Fico muito contente e feliz também!

Nada me pode fazer mais feliz que a vossa felicidade.
E não há momentos mais felizes que estes.

Quando desenhava uma árvore disse que algumas árvores têm letras.
Estupefactas olhámos, mãe e avó, uma para a outra.
- Letras!?
- Sim, os sobreiros.
- Como sabes, onde aprendeste isso?
- Foi a Lena (a educadora) que disse.

A Catarina tem três anos. Sabe que o sobreiro é uma árvore que tem letras, sem que lho tenham mostrado, sabe que o tronco tem uma coisa que se tira, mas não se lembra como se chama, que dá bolotas e que os porquinhos as comem. O sobreiro ela não viu ainda, mas as bolotas já. Tem algumas guardadas dentro de uma caixinha.

A Catarina tem três anos e é uma menina inteligente e feliz. Basta ver o brilho dos seus olhos onde vejo os meus brilharem de orgulho.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Sabedoria Popular... Dicas & Truques

Para alargar sapatos apertados coloque dentro deles, durante a noite, uma folha de jornal embebida em álcool.

Para limpar o seu microondas coloque um recipiente com sumo de limão na potência mais elevada durante um minuto e depois limpe com um pano seco.

Se juntar uma aspirina à água das flores, elas ficarão viçosas durante mais tempo.

Se manchar um tapete com vinho tinto limpe a mancha com vinho branco ou loção de barbear.

Para retirar as manchas de ferrugem esfregue com sumo de limão e água morna.

Ferver as bolas de ping-pong amachucadas durante alguns minutos deixa-as como novas.

Para retirar as manchas de maquilhagem aplique álcool a 90º.

Tape os buracos antigos dos pregos com pasta de dentes branca. Ninguém notará.

Água e Vinagre:

Para retirar o cheiro dos cigarros dos cinzeiros;
Para retirar o cheiro da lixívia das mãos;
Para retirar os cheiros do frigorífico;
Para deixar a brilhar vidros e espelhos;

...



sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A Ternura de um Abraço

Uma etapa da corrida terminou.
Nem todos entenderão a que me refiro, mas não importa porque são para ti estas linhas que, aqui deixo, como testemunho de mais um momento de imensa felicidade.
Felicidade que me proporcionas como ninguém mais.
Depois de uma semana sem nos vermos, os teus olhinhos brilharam cheios de ternura e a força do abraço que me deste quando para mim correste encheram o meu coração de alegria.
É tão bom ser tua avó!!!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Retalhos encontrados no sótão, sem teias de aranha

12 de Dezembro de 2006

Dia 25 de Dezembro poderá ser Natal para quem consegue reunir os seus entes mais queridos. Sem ostentação, vaidade, competição... em verdadeiro espírito natalício. Em pleno estado de felicidade.
Mas seremos capazes de vivê-lo em paz sem recordar os ausentes; os que se encontram em estado de solidão; os marginalizados; os que nunca viveram o Natal, nem sabem o que isso é; os que no lugar de uma mesa recheada das mais variadas iguarias, procuram, no lixo, os restos que sobraram aos mais afortunados, e com eles preenchem um pouco do seu já diminuto estômago faminto; os seres humanos, especialmente crianças, que morrem a cada segundo, vítimas da FOME e da necessidade dos mais básicos meios sanitários e cuidados de saúde?
Só com muito egoísmo conseguiremos engolir o nosso bacalhau, o perú e o bolo-rei sem sofrermos uma forte indigestão.


Uma só pessoa não consegue mudar o mundo, mas um só ser humano, pequenino e inocente, conseguiu tornar-me mais consciente, e mudar o meu modo de agir e pensar. Não é este o mundo, que estou a ajudar a "destruir", que quero deixar-lhe como herança.

À minha neta, Ana Catarina:

"Quero ter, vários dias de Natal, ao longo do ano. Não faço questão de comemorá-lo no dia 25 de Dezembro. Para mim é Natal, sempre que te vejo; quando me chamas avó; quando ouço as tuas gargalhadas de alegria; quando vejo o teu sorriso de menina feliz; quando te "vejo" crescer e desenvolver com saúde; quando adormeces no meu colo, com a tua cabecinha no meu ombro e o teu corpinho bem juntinho ao meu; quando te nasceu o primeiro dentinho, mesmo sem o ter visto; quando deste, sozinha, os teus primeiros passinhos e eu não estava presente; quando comeste a tua primeira sopinha e também não vi... quando... quando..."

Também é Natal quando, anonimamente, Alguém conforta ou, de qualquer modo, minimiza a dor de quem sofre; quando, voluntariamente, sem qualquer interesse material, Alguém "perde" alguns minutos da sua atarefada vida, e sem pena, sem críticas, sem julgamentos nem condenações oferece o seu ombro, com amor, para o seu semelhante derramar as suas lágrimas, em silêncio, e aliviar a dor que o atormenta; quando Alguém, com tolerância, ouve a opinião do seu próximo, familiar, amigo, vizinho, colega de trabalho... e a aceita mesmo que dela discorde, sem se julgar dono da verdade; quando Alguém, em posição superior, trata os seus colaboradores com justiça, humanidade e sem humilhações; quando Alguém tem a capacidade de perdoar, uma suposta ofensa; quando Alguém não encobre os seus erros, desculpando-se com os do próximo, nem mente para se justificar... quando... quando...

Não me incomodarei mais, com críticas e censuras. Não agirei, para agradar a quem quer que seja, só porque "me fica bem". Farei o que a minha consciência me ditar. Não o que esperam que eu faça. Não conseguirei vencê-los, mas também não me juntarei a eles.
Culpas, hei-de senti-las sempre, mas só as minhas, não as que me quiserem atribuir.
Quero ser diferente? Talvez! Mas ser diferente dos indiferentes!
Sei que não estou só. Felizmente, ainda há SERES HUMANOS dignos deste estatuto.
Ainda tenho muito caminho a percorrer, nunca atingirei a perfeição, mas continuarei a caminhar. O percurso é longo, cairei algumas vezes, mas sempre que me erguer terei, decerto, aprendido a dar o passo seguinte, com mais segurança.

... Não quero participar mais, na hipocrisia em que transformámos o Natal. O verdadeiro espírito de Natal já o perdemos. Os valores mudaram e somos todos responsáveis por isso. Estamos a contribuir para aumentar o consumismo e transmitimo-lo às nossas crianças, que se tornarão cada vez mais exigentes. Quanto mais têm, mais querem. Incutimos-lhe esse espírito, para compensá-las do tempo de que não dispomos para lhes dar a devida atenção. Nada substitui a presença e atenção dos pais, dos familiares e amigos. Depois, quando começam a fazer exigências, castigamo-las pela nossa irresponsabilidade. Daí nascem as revoltas e os conflitos que não conseguimos gerir.



quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Luz e Escuridão

É madrugada...
Estou acordada, mas não desperta.
Fico aqui, só
Como quero estar, neste momento,
Esquecer que lá fora o Sol brilha
E a vida acontece
Uma vida que não tenho vontade de viver
Que repudio
Que não é minha
Não foi, por mim, escolhida

Quero voltar a adormecer
Sem medo de sonhar
Os sonhos que me fugiram
Os sonhos que acreditei serem possíveis
Preciso procurá-los e persegui-los
Acreditar que ainda é tempo
De voltar a ser criança
De recuperar a quase pureza
Que as desilusões me levaram
...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

À espera de um novo momento

Mais um dia e outra noite, sempre iguais, sem fronteiras. Sem saber quando começa um e acaba o outro. Já não sei quando durmo porque os sonhos, os que não quero sonhar, despertam fantasmas que trazem de volta medos adormecidos.
E os medos sucedem-se, formam uma cadeia em que me envolvo sem conseguir libertar-me.
Tento escondê-los. Deles, daqueles a quem amo, para que não sofram novamente as dores que desconhecem e me atormentam porque não é fácil entendê-las.
Felizmente que não entendem. Só consegue entender quem já sentiu, quem sente ainda, esta dor invisível que limita as emoções e chega mesmo a matá-las.
Escondo de mim e finjo, debaixo de um sorriso, que tudo está bem. Convenço-me que serei capaz de recomeçar e, cheia de limitações, vou esperando um milagre e adiando a vida que não se compadece e continua num ritmo que não consigo acompanhar.
Tu, mais que ninguém, minha estrelinha citinlante, meu passarinho saltitante, mostras-me que preciso continuar a sorrir e a acreditar que tudo vai mudar e, por ti, esforço-me para acreditar que o milagre acontecerá. Não me deixes desistir. Não te quero decepcionar.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Medos, dúvidas, frustrações...


porquê? Porquê?? PORQUÊ???


Parece que voltei à idade do armário. Hoje deu-me para aqui...
Mas o certo é que nunca encontrei as respostas adequadas aos meus porquês.
Ao princípio nem me atrevia a questionar. Lá vinha o rótulo da burrice.
Duvidar. Nunca! Os adultos têm sempre razão. É sim porque sim e não porque não.
Fui perseguida pelas dúvidas nunca esclarecidas, procurei algumas respostas, a medo, e fiz descobertas que me arrasaram os olhos de lágrimas. As ilusões desfizeram-se e passaram a ter o sabor amargo do pecado.
Confesso que ainda hoje me questiono acerca do significado da palavra pecado e, quase sempre, chego à conclusão que viver é pecar.
Já não sei se tenho vivido e sou uma grande pecadora ou se deixei de viver para não pecar. Uma coisa garanto, não ajoelharei em nenhum confessionário para sabê-lo.
Não sei, ao certo, como farei daqui em diante, mas se a vida me bater à porta vou pedir-lhe que entre e me dê a oportunidade de abraçá-la sem medo. Quem sabe esse abraço me devolve a confiança que as frustrações, não assumidas, me têm privado.
Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.
Quem nunca se sentiu frustrado que amarre a pedra ao pescoço e a atire ao mar. Talvez a corda quebre... ou a pedra não seja suficientemente pesada...


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Momentos Reais

Este espaço, apesar de público, pertence-me e àqueles a quem o dedico e desempenham nesta história um papel relevante.

Os momentos aqui relatados não são, de todo, virtuais. São pequenos retalhos de uma vida real.
Momentos passados que se reflectem no presente.
Momentos que deixaram sorrisos bem vincados e outros, aqueles que provocaram algumas lágrimas também tiveram a sua importância, alguns deles são hoje troféus que exibo com orgulho.
Alguns momentos do presente e outros ainda, são um esboço dos sonhos que ambiciono cumprir.

O passado não posso ignorar, lá se iniciou a minha história. Só as mágoas quero perder pelo caminho porque os lamentos nada alterarão.
Qualquer história só o é, se contada em vários tempos.
O ontem que já foi futuro e é hoje presente, será passado, amanhã.
O futuro não quero desvendar. Não quero antecipar o final, apenas escrever cada capítulo a seu tempo.
A minha história é, para além de factos e situações que as circunstâncias me impõem, feita de escolhas, certas ou não, e escritas no presente, com a colaboração de actores reais, também alguns por mim escolhidos... outros não.
História com cenários diversos, por vezes calculada outras de improviso.

Tenciono viver cada momento presente com a importância que ele merecer. Nada mais.